POPULAÇÃO BRASILEIRA: VISTA PELA ÓTICA DO FUTURO

Posted on 30 de novembro de 2022

O Brasil de hoje está muito diferente da época da Segunda Guerra Mundial, quando sua população era pouco mais de 40 milhões. Agora é mais de cinco vezes esse número – de acordo com o relatório Perspectivas da População Mundial 2022, da ONU, o Brasil chegará ao fim deste ano como o sétimo país mais populoso, com 215 milhões de habitantes, a marca de 100 milhões foi cruzada em 1972, a de 200 em 2012.

Naquela época a taxa de fecundidade mundial, ou seja, a média do número de filhos por mulher até o fim do período reprodutivo, caiu desde 1950. De acordo com estudo publicado na revista científica The Lancet, em 1950 eram 4,7 nascidos vivos. Hoje, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o país registra uma média de 1,94 filho por mulher, estando abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher.

Por outro lado, a expectativa de vida da população geral brasileira subiu para 77 anos, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta 6ª feira (25.nov.2022). Os dados foram publicados no Diário Oficial da União. O país passou por uma rápida transição demográfica com uma população que se envelhece rapidamente.

Um estudo de 2014 afirmou que a população humana irá variar entre 9,3 e 12,6 bilhões até 2100; e continuará crescendo, ainda que de forma bem lenta.  Além disso, a população humana vai continuar a crescer, mas em um ritmo cada vez menor, principalmente devido ao melhor acesso a meios contraceptivos, melhorias na qualidade de vida e melhores oportunidades econômicas para mulheres.

Vamos refletir: Foi estimado que a população mundial chegou a 1 bilhão pela primeira vez em 1804. Demorou cerca de 123 anos, em 1927, para chegar a 2 bilhões, mas foram necessários somente 33 anos para chegar a 3 bilhões em 1960. Em 1974, a população humana chegou a 4 bilhões; depois 5 bilhões em 1987; 6 bilhões em 1999; 7 bilhões em 2011; e estima-se que a população mundial chegou a 7,9 bilhões em setembro de 2022 e ultrapassou os 8 bilhões em 15 de novembro de 2022.  As Nações Unidas estimam que a população humana chegue até 11,2 bilhões em 2100.

O crescimento de uma determinada população é influenciado por um conjunto de fatores de ordem política, econômica, social e cultural. Uma análise generalizada do crescimento da população permite inferir que os principais elementos que influenciam na sua constituição são as taxas de natalidade, mortalidade e longevidade. Porém, há ainda vários outros fatores que extrapolam as questões propriamente demográficas, como o quadro econômico, o desenvolvimento social e o acesso à saúde.

O século XXI apresenta uma tendência de decréscimo do crescimento da população mundial, especialmente nos países mais desenvolvidos do globo. O maior acesso às políticas de planejamento familiar, o desenvolvimento de métodos contraceptivos, a maior participação de mulheres no mercado de trabalho e as mudanças culturais das sociedades são fatores que têm contribuído para a diminuição do número de filhos da população em geral.

Pensando estrategicamente… o controle populacional é a prática de intervenção para alterar a taxa de crescimento da população. Historicamente, o controle populacional foi implementado através da limitação da taxa e natalidade de uma região, pela contracepção voluntária ou por mandato do governo. O estudo foi elaborado como uma resposta a fatores, incluindo níveis elevados ou crescentes de pobreza, as preocupações ambientais, e motivos religiosos. O uso de aborto   em algumas estratégias de controle populacional tem causado controvérsias, com as organizações religiosos – como a Igreja Católica Romana – colocando-se explicitamente em oposição a qualquer intervenção no processo reprodutivo humano.

Portanto, há um vislumbre de que, conforme a tendência atual, haja um decréscimo consistente das taxas de incremento populacional mundial nos próximos anos. Porém, esse movimento não é homogêneo em todo o globo, uma vez que países subdesenvolvidos, como os africanos, ainda registram muitos nascimentos. Ademais, ainda há um crescimento populacional em termos absolutos no globo, que deve perdurar até o final do presente século.

A superpopulação é a principal causa da maioria dos problemas mundiais. Quer seja uma questão de falta de comida, falta de água potável ou falta de energia, cada país do mundo é, ou será, afetado pelo fator superpopulação.

Em parte, graças à importação de bens do estrangeiro, qualquer país é capaz de manter a sua própria segurança social. Mas isto não se pode passar de uma forma ilimitada. De fato, o número de habitantes está crescendo em cada país. A população mundial ameaça crescer, nas próximas décadas, para 8 ou 10 bilhões. Existe uma boa hipótese de que mais e mais países irão necessitar dos seus próprios produtos.

O nosso planeta poderá proporcionar uma qualidade de vida igual à que se desfruta na União Europeia a não mais do que 2 bilhões, de pessoas. Com uma população de entre 8 e 10 bilhões, a segurança social por pessoa, pela escala mundial, irá baixar para a mesma escala do pobre agricultor que dificilmente consegue sustentar-se a si próprio e não sabe nada da segurança social que o afeta diretamente. E, desta forma, teremos de partilhar tudo que produzimos de modo a evitar disputas ou guerras.

O clima está mudando e não importa muito se por interferência da mão humana ou as alterações no sistema solar. O nível do mar tende a subir ligeiramente para fazer com que uma parte das valiosas terras agricultáveis desapareçam. Atualmente, parece que pensamos que conseguimos manter um passo à frente da fome com a utilização de fertilizantes artificiais e tecnologias, com a alimentação artificial de animais e outras estratégias de sobrevivência.


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