Brasil é o quarto maior mercado do programa de startups do Facebook
Posted on 21 de outubro de 2016
O FBStart cresce a taxas de 40% ao ano e reúne 9 mil startups. Desde 2014, transferiu US$ 9,5 bilhões em benefícios às parceiras
O Facebook mantém um relacionamento próximo com startups e a comunidade de desenvolvedores. Uma história que tem dado certo desde que a rede social co-fundada por Mark Zuckerberg concentrou esforços no FbStart, programa lançado em 2014 e cuja vocação é aumentar as chances de sucesso de aplicativos ao dar as startups orientação, ferramentas e serviços de uma rede de parceiros e da própria companhia.
No Brasil, a iniciativa se encontra em seu terceiro ano de atuação e com resultados positivos, garante Dário Dal Piaz, líder de parcerias de produtos do Facebook para o Brasil. Segundo o executivo, o País é o quarto mercado do FbStart no mundo e o principal da América Latina. Atualmente, mais de 9 mil startups participam da iniciativa, sendo que 440 estão no lado de cá.
“Vemos uma criatividade muito grande dos desenvolvedores brasileiros para a geração de novos modelos de negócio”, avalia Piaz. Startups precisam de um bom produto e modelo de negócios estruturado para sobrevirem a seus primeiros anos. A taxa de mortalidade de jovens empresas digitais pode assustar até mesmo os empreendedores mais ambiciosos. Um recente estudo divulgado pela aceleradora Startup Farm aponta que 74% das startups brasileiras fecham após cinco anos de existência e 18% delas fecham as portas antes mesmo de completar dois anos.
Nesse contexto, programas de aceleração ofertados por grandes companhias tendem a aumentar as taxas de sucesso de jovens empresas digitais. Em contrapartida, empresas estabelecidas no mercado também se beneficiam desse relacionamento. Afinal, é interessante e, talvez, providencial para nomes como Facebook, Google, Microsoft e IBM estarem próximo desse cenário, de onde surgem os chamados unicórnios, startups que chegam ao valor de mercado igual ou superior a 1 bilhão de dólares.
O próprio Facebook começou como uma startup, lembra Piaz. “O Facebook é de fato uma grande empresa hoje, mas possui um despertar para comunidade. É importante não perder a essência de startup, a essência da inovação e a rapidez em criar coisas novas. Isso para nós tem um grande benefício e damos um retorno importante para a comunidade por que saímos de lá. Nenhuma startup pode ficar longe desse ecossistema e a gente não se enxerga longe de forma alguma”, ressalta.
Em três anos de programa, o FbStart transferiu para startups no mundo todo cerca de US$ 9,5 bilhões em benefícios. Ao lado de parceiros, entre eles Adobe, Salesforce, MailChimp e Hootsuite, o Facebook oferece um pacote de ferramentas e serviços gratuitos “que ajudam a construir e a acelerar aplicativos móveis”.
“Um dos grandes desafios para startups é ganhar audiência, ter mais pessoas usando o app. Temos uma série de ferramentas, incluindo o social plugin que permite o compartilhamento de conteúdo e informações de um app dentro do Facebook e ferramentas de gestão do comportamento do usuário, que podem aumentar o fluxo e a conversão da audiência”, explica Piaz.
O FbStart conta com duas categorias que variam de acordo com a maturidade das startups aceitas. A primeira é a chamada “Bootstrap track”, focada em acelerar aplicativos disponíveis nas lojas da Apple ou Google Play, que se encontram em estágio inicial. Neste, os benefícios previstos atingem US$ 40 mil. Já na fase “Accelerate track”, o programa busca desenvolvedores que tenham lançado um aplicativo e estejam em fase mais madura, com modelo de negócio e base de usuários, com benefícios que chegam a US$ 80 mil.
A taxa de admissão do programa é bem alta, segundo Piaz. “Temos admitido basicamente quem preenche os requisitos de ter um app em operação e um modelo de negócio”. Quanto às verticais, o FbStart tem recebido startups com soluções variadas, que atendem desde o mercado de entretenimento a startups sociais.
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