Startups: O agronegócio e as revoluções tecnológicas

Posted on 20 de outubro de 2016

Novos modelos de negócios surgiram e criaram uma verdadeira revolução em questão de empreendedorismo, tecnologias e aceleradoras que garantem uma oportunidade com retornos financeiros.  Assim vistas como revoluções tecnológicas, as startupstambém ganharam seu lugar no agronegócio e devem estar presentes ainda mais nos próximos anos.

Startup é uma organização humana estruturada para desenvolver um modelo de negócios para um produto, processo ou serviço de natureza inovadora.  Francisco Jardim, sócio fundador da SP Ventures explica que investir em startups, principalmente no Brasil e na atual conjuntura econômica, é uma alocação de capital de alto risco. Então a percepção de insegurança não está de certa forma toda errada.  “É importante entender que esta insegurança, que nós do mercado de investimentos chamamos de risco, também significa uma oportunidade para obter maiores retornos. Nenhuma classe de ativos oferece uma oportunidade de ganho tão alto quanto o investimento numa startup de tecnologia. Mas é fundamental que o processo de seleção e acompanhamento da startup seja feito com muito profissionalismo e critério técnico”, salienta Francisco.

Trata-se de uma revolução nova no mundo: o foco dos fundos de venture capital e o empreendedorismo de alto impacto em agronegócio. Os startups de agtech são um fenômeno novo, mas avassalador.  A ideia é de que o setor descobriu que as próximas grandes inovações não sairão das empresas tradicionais. As grandes empresas do setor claramente também entraram num ciclo de crise existencial, tanto que começaram um processo de megafusões.

“Nossa Gestora de Investimentos, SP Ventures, decidiu há algum tempo focar quase que exclusivamente nesta vertical. No Fundo atual, já apoiamos setestartups do setor de agtech. Acreditamos que o Brasil será o principal mercado de crescimento agrícola, onde estará concentrada a ampliação da produção de alimentos, para garantir a segurança alimentar de forma sustentável do planeta. Isso só será feito com enormes ganhos de produtividade através da adoção de novas tecnologias. Estas inovações virão das startups de agtech, justamente nos anos em que as empresas consolidadas estarão distraídas com seus processos de integração pós-fusão” relata o Sócio fundador da SP Ventures.

Muitos afirmam que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. É preciso entender que, neste mundo dos negócios, não somente gerar resultados, mas estar ciente que as startups precisam de gestão, estratégia e investimentos. O momento atual no país é considerado instável, porém disto pode ser uma oportunidade para estabilizar alguns pontos – empresas tradicionais e consolidadas sofrem bem mais na crise, pois carregam estruturas operacionais pesadas. Elas têm menos flexibilidade para cortar custos e ajustar produtos.

O Sócio Fundador da SP Ventures ainda destaca que o sistema atual no Brasil precisa evoluir em três frentes para ficar mais competitivo:

A) Precisamos de mais recursos humanos na área de exatas, como engenheiros e cientistas da computação. A escassez crônica de mão de obra qualificada nos torna pouco competitivos num ambiente de concorrência global com Índia, China, EUA, e outros.

B) Desburocratização e redução de custos tributários. Aqui entram as reformas tributárias, trabalhistas e simplificações nos trâmites de abertura de empresas.

C) Redução do custo de capital. Sem acesso a capital farto e competitivo, nossas startups sempre estarão em desvantagem no cenário internacional. Esse talvez seja o processo mais difícil e demorado, mas também necessário. Com a queda da inflação, o Banco Central já deverá começar a reduzir as taxas básicas. Mas é importante que haja um ajuste forte das contas públicas para o Governo deixar de competir com o setor privado, e por consequência com as startups, por capital.

Bruno Perin, empreendedor, consultor e autor do livro “A Revolução das Startups” afirma que as startups vem ganhando força vertiginosamente, mesmo em meio a um momento de crise, a vontade de crescimento neste setor é ainda maior. O Empreendedor ressalta que é possível notar o volume de grupos de pessoas se reunindo para novas ideias apostando no setor. “É muito comum o Brasileiro se sustentar em ideias que já deram certo no exterior. É comum acreditar que modelos que já foram comprovados como eficiente, sejam adotados”.


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