NO CREPÚSCULO DE 2021, VALEU A PENA?

Posted on 29 de dezembro de 2021

É chegada a hora de refletir sobre o ano que passou e colocar na balança as vitórias e derrotas conquistadas pelo país e pelo povo brasileiro – sempre buscando sanar e otimizar as faltas durante o ano que se aproxima.

Todos nós sabemos que com o passar dos primeiros dias do ano novo, as “coisas” vão caído no devido lugar, e aí, começamos a viver de fato os dias do ano que se inicia. Nos próximos dias, já em 2022, vamos esquecer tudo aquilo que não cumprimos, e com certeza, são muitas as metas que colocamos em nossa listinha de expectativas para 2021que não foram cumpridas.

É certo, que ainda conviveremos em 2022 com os impactos da pandemia, mesmo que o processo de imunização em massa esteja em estágio avançado, as incertezas sobre os detalhes das campanhas de vacinação e seu efeito sentido pela população, principalmente com relação a vacinação de crianças de 5 a 11 anos que deve começar em janeiro de 2022, segundo o ministério da saúde.

O surgimento de uma variante do novo coronavírus confirmado em regiões da África preocupa especialistas internacionais de saúde. Batizada de Ômicron, a variante pode ser responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.

As notícias da Europa servem de alerta para o Brasil e o mundo. O confinamento imposto aos não vacinados desponta em meio à piora dos índices da pandemia e devem forçar autoridades a repensar o afrouxamento de restrições e incentivar a imunização. Recentemente, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) emitiu advertências ao Brasil. Segundo o Boletim Observatório Covid-19 os alertas que a quarta onda de covid-19 na Europa traz ao Brasil e ao resto do mundo sinaliza que a pandemia ainda não acabou.

A CPI da Covid-19 desde o seu início, em abril quando foi instalada, representou uma queda de braço entre governistas e oposição. Serviu de palanque para que o governo fosse atacado por senadores, e o próprio governo se defendesse e revidasse contra os seus adversários. De concreto para o país não foi contabilizado nenhum avanço contra a corrupção.

Pelo lado da economia, em todo o mundo, investidores continuam acompanhando com preocupação a rápida expansão do novo surto de coronavírus e seus impactos na economia. Apesar disso podemos ter mais esperança e afirmar que estamos hoje mais capazes de enfrentar os desafios que a pandemia trouxe.

Olhando pelo lado político legal, os poderes Legislativo, Executivo e o Judiciário, que são citados no segundo artigo da Constituição como independentes e harmônicos entre si e devem trabalhar para o bem-estar comum da população brasileira. A distinção entre as três funções estatais básicas — legislar, administrar e julgar não prevaleceu, e o ano termina sem que nada sugira que a curto prazo o paradoxo da democracia eliminará a miopia política no Brasil.

O famoso “ruído político” e seus impactos na economia, mesmo com avanços importantes na Reforma da Previdência, na Reforma Tributária, assim como nas privatizações ficou muito longe daquilo que foi prometido no começo. A covid certamente entra na conta, mas, segundo o próprio Ministro Paulo Guedes, o “ruído político” acabou falando mais alto. Esse ruído político acabou sendo produzido no âmbito do próprio Executivo por priorizar embates e narrativas que não trazem efeitos práticos para a economia. É o que diz Thiago de Aragão – diretor de estratégia da Arko Advice.

Vamos refletir: … existem duas visões e dois parâmetros para medir o quão atrativo é o Brasil. Para o governo brasileiro, o País teve um desempenho melhor do que o previsto pelo FMI. A reforma tributária está avançando e a reforma administrativa também está a caminho. O Brasil registrou a criação acumulada até (nov/2021) de 2.992.898 empregos. Diante desse quadro, pesquisador do FGV IBRE defendem uma política econômica para acelerar o ritmo de crescimento econômico para sair da longa permanência de alto nível de desemprego, que hoje são projetados pelo consenso para o Brasil. 

O governo lamenta o fim do Doing Business, do Banco Mundial, já que acredita no processo de desburocratização que faria com que o país desse um grande salto diante dos outros países. As economias que mais avançaram nas áreas analisadas pelo Doing Business 2020 são a Arábia Saudita, Jordânia, Togo, Barém, Tajikistão, Paquistão, Kuwait, China, Índia e Nigéria. Estes países realizaram um quinto das reformas ao redor do mundo em 2018-19.

Pensando estrategicamente: … Na economia as projeções não são animadoras. Para a taxa básica de juros, a Selic está sendo projetada para 11,50% em 2022, permanecendo a projeção de R$5,60 para o dólar; 0,42% é a previsão para o PIB; IPCA está previsto para 10,02% segundo estimativas publicadas pelo boletim FOCUS, a taxa de desocupação encerrará dezembro em 14,1%, passará para 13% no fim de 2022.

 A Tecnologia será um grande diferencial na vida das organizações. Para o setor agrícola, por exemplo, o uso da tecnologia para analisar os dados em tempo real pode ajudar produtores a enfrentar os impactos no setor. Vale ressaltar que a pandemia apressou a digitalização dos negócios e essa tendência deve permanecer em 2022, sendo mais capazes de aproveitar a oportunidade aquelas empresas que melhor se posicionarem com uma atuação compatível com o novo cenário.

Temos que ter a clara noção de que o aumento da desigualdade social e da violência, gerados pela pandemia, a polarização da sociedade sobre temas político-ideológico, o elevado índice de desemprego e o crescente desalento da juventude quanto ao futuro, não podem ser enfrentados sem a retomada do crescimento sustentado, essencial inclusive para o equilíbrio das contas públicas, sem contar que viveremos um ano eleitoral cheio de especulações e incertezas.

O que esperar de 2022: Diante desse cenário a expectativa é que o setor econômico conviverá com grande incerteza diante dos indicativos apresentados.


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