HISTÓRICO DA VACINAÇÃO PELO MUNDO

Posted on 10 de março de 2021

As vacinas são substâncias constituídas por agentes patogênicos (vírus ou bactérias), vivos ou mortos, ou seus derivados. Elas estimulam o sistema imune a produzir anticorpos – proteínas que atuam na defesa do organismo, os quais atuam contra os agentes patogênicos causadores de infecções. O agente estimula o sistema imunológico do corpo a reconhecê-lo como uma ameaça, destruí-lo e a manter um registro seu para que possa mais facilmente reconhecer e destruir qualquer um desses microrganismos que mais tarde encontre.

 As vacinas podem ser profiláticas – exemplo: para prevenir ou melhorar os efeitos de uma futura infecção por qualquer patógeno natural ou “selvagem”, ou terapêuticas – por exemplo, vacinas contra o câncer estão a ser pesquisadas.

A administração de vacinas é chamada vacinação e sua eficácia tem sido amplamente estudada e verificada. As primeiras vacinas foram descobertas há mais de 200 anos. A vacinação no Brasil iniciou-se em 1904, quando o então diretor-geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz, diante de um surto de varíola, iniciou campanhas de saneamento e imunização, na tentativa de buscar imunizar toda a população.

Atualmente, o país possui um Programa Nacional de Imunizações com um calendário voltado a grupos específicos. Não apenas as crianças devem ser imunizadas, pois existem vacinas que devem ser aplicadas na adolescência, como a vacina contra o HPV, idosos devem vacinar-se contra a gripe, pneumonia e tétano; gestantes também devem ser imunizadas contra a gripe, tétano e rubéola. Além disso, existem outras vacinas que devem ser aplicadas em situações específicas, como em casos de viagens a determinadas regiões infectadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que vacinas licenciadas estão atualmente disponíveis para prevenir ou contribuir para a prevenção e controle de 25 infecções.

Os termos “vacina” e “vacinação” são derivados de Variolae vaccinae (varíola da vaca), o termo inventado por Edward Jenner para denotar a varíola bovina. Em 1881, para homenagear Jenner, Louis Pasteur propôs que os termos fossem estendidos para cobrir as inoculações protetoras então em desenvolvimento.

Vacinas são, historicamente, o meio mais efetivo e seguro para se combater e erradicar doenças infecciosas. Limitações para sua eficácia, porém, existem. Algumas vezes, a proteção oferecida pela vacina falha porque o sistema imune humano não consegue responder adequadamente ou não responde. A falta de resposta imune envolve muitos fatores, como diabetes, uso de esteroides sintéticos ou HIV. 

As técnicas de produção estão em constante evolução. Espera-se que as células de mamíferos cultivadas se tornem cada vez mais importantes, comparadas com as opções convencionais, como os ovos de galinha, devido à maior produtividade e baixa incidência de problemas com a contaminação. Acredita-se que a tecnologia de recombinação que produz a vacina geneticamente destoxificada cresça em popularidade para a produção de vacinas bacterianas que usam toxoides e que as vacinas de combinação reduzam as quantidades de antigénios que contêm e, deste modo, diminuem as interações indesejáveis, utilizando padrões moleculares associados a patógenos.

Responsável por 60% das vacinas mundiais antes da pandemia, o STI está produzindo centenas de milhões de doses da vacina anglo-sueca AstraZeneca, conhecida localmente como Covishield, em suas instalações em Pune, no oeste da Índia, e já enviou milhões de doses da sua produção para o estrangeiro, incluindo o Brasil.

Vamos refletir: Vacinas têm contribuído para a erradicação não apenas da varíola e da pólio, como também da caxumba, febre tifoide, sarampo e catapora, que era estão hoje muito menos comuns do que foram há 100 anos. Contanto que a população se vacine, é pouco provável que uma epidemia ocorra atualmente, muito menos que se espalhe. Este é o efeito da imunidade herdada.

As diferença entre as vacinas – Apesar da diversidade, as vacinas possuem apenas três formas de serem produzidas: as chamadas de primeira geração, são produzidas por meio de vírus atenuados, como é o caso do Coronavac; as de segunda geração, produzidas a partir de um vetor viral, geralmente um adenovírus, como é o caso da AstraZeneca e da Sputnik V. E uma de terceira, produzida a partir do RNA mensageiro do vírus. É o caso da Moderna e da Pfizer. 

Pensando estrategicamente: … Há oposição à vacinação por uma ampla gama de críticos de vacinas, e que existe desde as primeiras campanhas de vacinação. Embora os benefícios da prevenção de doenças infecciosas graves superem largamente os riscos de efeitos adversos raros após a imunização, disputas surgiram sobre a moralidade, ética, eficácia e segurança da vacinação. Alguns críticos de vacinação dizem que as vacinas são ineficazes contra a doença ou que os estudos de segurança são inadequados. 

Ainda que pesem os recentes índices de queda de cobertura vacinal e as investidas do movimento antivacina em curso no mundo, há fatos na história relativamente recente do Brasil que podem ser considerados emblemáticos da adesão da população às campanhas de vacinação. Seja por medo de doenças, seja pelo reconhecimento da importância da prevenção, ou pela forte presença do Estado nessas ocasiões, o fato é que os brasileiros, ainda que com exceções, aderem ao chamamento do poder central quando o assunto é o dever e o direito à vacinação.

Geralmente as campanhas de vacinação são práticas discursivas da medicina e das ciências biomédicas para o controle de doenças e envolvem fatores complexos relativos ao direito à informação, às relações entre Estado e sociedade, à geopolítica, à ética, e à vida e à morte. Não à toa, a história da imunização e das vacinas no Brasil reflete a força das políticas estatais de saúde pública na construção da cidadania no país.

As vacinas são seguras e causam poucas reações adversas, sendo essas, geralmente, leves e de curta duração. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenção das doenças!

Apesar da politização do tema desde o início da pandemia, o Brasil é reconhecido como um dos países mais capacitados para esse tipo de operação no mundo. 


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