2020 VISTO PELO RETROVISOR DA VIDA!

Posted on 1 de janeiro de 2021

Com o fim de ano chegando, muitas coisas me vêm à cabeça: conseguimos realizar aquilo que nos propusemos? Quando olho pelo retrovisor da vida, é triste dizer que 2020 tenha sido muito mais desafiador do que imaginávamos, mas também, logo de cara faço uma constatação, nós os brasileiros não somos seres muito chegados a planejamentos. Nos próximos dias, já em 2021, vamos esquecer tudo aquilo que não cumprimos, e com certeza, são muitas as metas que colocamos em nossa listinha de expectativas para 2020 que não foram cumpridas.

Em todo o mundo, investidores continuarão acompanhando com preocupação a rápida expansão do surto de coronavírus e seus impactos na economia. A OMS declarou uma pandemia em março, o que significou que havia uma transmissão recorrente em diferentes partes do mundo e de forma simultânea do vírus. Neste momento já estamos vivendo a segunda onda de pandemia.

Mundialmente medidas emergenciais foram sendo anunciadas para evitar que a doença, uma simples gripezinha para alguns, levasse a uma nova recessão econômica, mas ainda permaneceram dúvidas sobre sua eficiência. Enquanto as autoridades norte-americanas procuraram maneiras de lidar com o surto de coronavírus, o governo do presidente Donald Trump anunciou medidas para prevenir-se cortando impostos e destinando recursos em forma de subsídios para as empresas e pessoas em situação de risco. Tudo isso de nada adiantou, pois, o país registou até agora o maior número de vítimas fatais, acometidas pelo ataque do vírus tão fatal.

Pense comigo, raramente vamos conhecer alguém que saiu para comprar pão na esquina e voltou com um carro novo, justamente, pelo longo processo de planejamento que essa compra envolve. Desde a pesquisa do modelo, até as formas de pagamento, quanto dinheiro precisamos juntar para a entrada, qual taxa de juros é melhor… Isso se chama: planejamento! Nesse ano que termina, nada disso foi possível, todos estavam preocupados com a sobrevivência. Estimular o crescimento econômico através das compras de bens duráveis ficou relegado a um segundo plano, gerando uma quebra do PIB mundial, como algo nunca visto. E o desemprego continuou em ascendência, atingindo níveis estratosféricos.

As dificuldades políticas do atual governo brasileiro, cada vez mais isolado podem prejudicar o andamento de reformas necessárias para o crescimento. Então, qual o caminho a ser seguido? É urgente que o governo comesse a preparar para o “day after tomorrow” pós-covid, aos moldes do programa Pró-Brasil anunciado recentemente.

Ao longo de nossas vida passamos por diferentes fases e, muitas vezes, quando insistimos em uma fórmula que não serve mais à nossa evolução, somos surpreendidos por algum fato que nos diz basta e então, somos obrigados a mudar de direção

O Coronavírus chegou dizendo não para todas as nossas certezas de estabilidade, colocou à prova o discurso tecnológico, ágil e humanizado de muitas empresas e nos relembrou que só é possível vencer um desafio quando ele é encarado de frente e dentro das nossas possibilidades.

Vamos refletir: … quarentena é um período de isolamento e restrição de movimentação de pessoas que foram potencialmente expostas a uma doença contagiosa. O objetivo é, nesse período, determinar se eles se sentem mal ou se desenvolvem sintomas, o que reduz o risco de infectar outras pessoas.

Estudos apontam que as autoridades devem fornecer uma justificativa clara para a quarentena e informações sobre os protocolos, e garantir que suprimentos suficientes sejam fornecidos. Além disso, apelar ao bom senso do público sobre os benefícios da quarentena para a sociedade em geral.

Na China, instituições médicas e universidades abriram plataformas online para fornecer serviços de aconselhamento psicológico a pacientes, familiares e outros afetados pela epidemia.

Gradualmente, as aulas foram suspensas, as empresas reduziram o horário de funcionamento, muitos foram colocados em home-office ou fecharam, os sistemas de transporte público foram paralisados ​​e até o movimento de pessoas nas ruas ficou praticamente proibido em várias cidades mundo afora.

A medida mais restritiva foi fechar cidades inteiras em quarentena em massa, enquanto milhares de estrangeiros que retornam aos seus países de origem, foram solicitados a se isolarem em suas casas ou em instalações estatais.

A vacina contra o coronavírus é a invenção mais importante, e disputada, da história recente. Em algum momento, a maioria da população mundial terá acesso a ela. Mas os países que saíram na frente estão levando muita vantagem: suas economias vão se recuperar primeiro, e o poder de fabricar e distribuir a vacina dará a eles força geopolítica sobre os demais. “É uma corrida sem precedentes, desde a escala do investimento até o número de tecnologias e projetos sendo explorados”, diz a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas, nos EUA. Segundo dados da OMS, há nada menos do que 123 vacinas sendo desenvolvidas, das quais dez já estão sendo testadas em humanos.

O que nos aguarda o amanhã? Nunca pudemos afirmar com muita certeza sobre o que nos espera a seguir, mas em meio às mudanças trazidas com a pandemia do coronavírus, essa pergunta ganhou outra dimensão e relevância. Muitos de nós vivíamos mergulhados em rotinas de compromissos com uma agenda cheia de planos, numa lógica baseada no rendimento e na produtividade, o indivíduo e sua felicidade eram deixados de lado.

Pensando estrategicamente, o ano de 2020 veio até nós de forma questionadora. Todos nós saímos da zonas de conforto de alguma forma, aprendendo algo novo, abandonando velhos hábitos. No curto prazo, a cautela continua como componente importante e não existe no horizonte expectativa de melhoria nos cenários esperados.

A cautela nos remete à palavra “cuidado”, que foi usada para se referir à pessoa que trata a outra com cuidado e prudência ou até mesmo que é uma característica pessoal. O termo pode ser associado com prudência e moderação, mas numa situação como essa, convém lembrar: Criar mais uma virada por meio da reorientação do amadurecimento e da profissionalização. A inovação e a capacidade de adaptarmos em um novo momento serão pontos decisivos para termos um 2021 capaz de puxar a retomada pós-crise.


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