Reinventar para perpetuar: Eis a questão!
Posted on 14 de julho de 2020
Você já parou para pensar sobre a existência das empresas que atravessam séculos. Com avanço da pandemia do novo coronavírus em todo o mundo e especificamente no Brasil, esse cenário tem se mostrado um grande desafio para os empreendedores de modo geral.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para neutralizar o impacto econômico da pandemia.
Mas essa reinvenção não precisa passar necessariamente por uma repaginação total na empresa, reajustar alguns focos na sua atuação pode ser o caminho para atravessar essa turbulência no mercado e sair mais forte no pós coronavírus.
Não importa se o negócio estava consolidado antes da pandemia, os tempos são outros, existem exemplos de grandes corporações que não sobrevivem a mais de uma década, por outro lado, algumas companhias mantém-se ativas há mais de um século, se reinventando a cada ciclo.
De acordo com um recente estudo realizado pela McKinsey, na busca para se atualizar por meio da transformação digital, na média, as empresas são apenas 40% digitalizadas, apesar da propagação dessas tecnologias em segmentos de mídia, varejo e TI. O curioso é que as empresas podem não ser tão digitalizadas, mas as pessoas são. O mundo de hoje é expressivamente digital, porém ainda existe quem acredite ser possível tocar uma empresa sem reinventá-la, sem alinhá-la com os novos tempos.
Segundo Martin Reeves, para se promover a transformação de empresas, é preciso que os gestores se provoquem a todo momento. Fazendo perguntas, por exemplo. Ainda que você, como gestor(a), não obtenha todas as respostas, há o lado positivo de demonstrar, para os funcionários, o que deveriam pensar para chegar nesse objetivo. “Posso planejar meu futuro? Se sim, vamos fazer isso. Posso moldar meu futuro? Fazer perguntas é crucial”, destaca o autor.
Segundo o estudo da McKinsey, somente 4% das empresas estão totalmente digitalizadas. A maioria das organizações estudadas (30%), pertence à uma fatia onde as mudanças encontram-se em um estágio incipiente.
Para quem trabalha com marketing, o relatório da consultoria norte-americana traz um dado importante. Quando se trata de transformação de empresas, a maior parte dos pesquisados (49%) afirma focar suas prioridades em marketing e distribuição. A seguir, vêm produtos e serviços (21%), seguidos por processos com (14%).
Segundo o consultor Daniel Keller, existem três focos para reinventar seu negócio:
Foco na atividade do negócio – Daniel destaca que momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Como exemplo, ele imagina uma loja de roupas e calçados femininos e masculinos, sendo que 90% do faturamento dela venha dos produtos femininos. No caso, focar apenas nessa linha ajudaria não só a liberar espaço de mostruário para itens que geram mais receita, como reduziria a necessidade de compra de itens com baixa saída.
O empreendedor precisa conhecer o comportamento do seu cliente, compreendendo o que mudará daqui para a frente para fazer rápidas adaptações na forma de entregar valor através de seus produtos e serviços.
Foco no público-alvo sob diferentes perspectivas – Primeiro, do tipo de consumidores que tem atraído para sua empresa. Eles ajudam você a atingir os objetivos estratégicos ou, por outro lado, consomem toda a energia da atividade ou demandam recursos excessivos sem compensar, impedindo o crescimento? Ou seja, é um modelo de negócio sustentável?
Quando tem certeza de que está atraindo os clientes certos, então é hora de focar nas tendências de consumo.
Foco em preencher lacunas – Você talvez sentiu a necessidade de buscar uma capacitação maior na sua área.
Vamos refletir: … Pensando agora no momento futuro da retomada, como estarão os empreendedores e suas empresas? Reinventar seu negócio servirá apenas para se manter em pé agora ou para dar um salto depois?
Você percebeu algumas lacunas na operação, desde a falta de uma segurança de caixa para enfrentar uma situação como esta até a ausência de canais de venda e comunicação virtuais para se conectar ao consumidor.
O crédito mais acessível deve ser um grande motivador da produção e consumo, e um possível processo de fortalecimento da indústria nacional, cenário este que já se mostra como alternativa em outros países.
Pensando estrategicamente: … Criar mais uma virada por meio da reorientação para novos mercados em que possa assumir uma posição de liderança, essa e uma busca permanente.
Certamente, o amadurecimento das empresas, a profissionalização da gestão, a inovação e a capacidade de se adaptar em um novo momento serão pontos decisivos para termos empresas competitivas para puxar a retomada pós-crise.
Reinventar para perpetuar: Eis a questão!
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