O que aprendi sobre o Brasil em 2018

Posted on 22 de dezembro de 2018

O ano de 2018 chega à sua reta final – e este é o momento de analisarmos nossa trajetória nos últimos 365 dias e refletirmos sobre nossos erros e acertos. Trata-se, acima de tudo, de um momento de aprendizado e autoconhecimento.

A aprendizagem está relacionada ao ato ou efeito de aprender. Ela estabelece ligações entre certos estímulos e respostas equivalentes, causando um aumento da adaptação de um ser vivo ao seu meio envolvente. Sendo um fenômeno situado no campo da pedagogia, a aprendizagem se apresenta como uma modificação do comportamento do indivíduo em função da experiência.

Todos os seres humanos – e até mesmo alguns animais – são capazes de aprender, independente da forma e da velocidade do aprendizado. Não existe um consenso acerca das diferentes formas de aprendizagem, mas uma coisa é certa: a disposição para aprender é essencial para que os processos de aprendizagem se concretizem com a aquisição de novos conhecimentos. Estes, por sua vez, representam os atos e efeitos de conhecer – ou seja, ter ideia ou a noção de alguma coisa. É o saber, a instrução e a informação.

Assim como a aprendizagem, o conhecimento é um conceito amplo e extremamente importante na Pedagogia, remetendo à aplicação ou lembrança de matérias, conceitos, teorias, princípios, nomes, que foram aprendidos anteriormente. Falar de conhecimento é falar sobre dados, já que ele consiste em uma mistura de códigos e informações – por isso, o conhecimento pode ser considerado uma informação com uma utilidade. Nesse sentido, existem o conhecimento científico e o empírico: o primeiro lida com ocorrências e fatos comprovados por meio da experimentação, enquanto o conhecimento empírico é adquirido com o cotidiano e não precisa ter comprovação científica.

Outro tipo de conhecimento existente é o senso comum, que representa o modo de pensar da maioria das pessoas, ou seja, as noções comumente admitidas pelos indivíduos. É o conhecimento adquirido pelo homem partir de experiências, vivências e observações do mundo. Através do senso comum uma criança aprende o que é o perigo e a segurança, o que pode e o que não pode comer, o que é justo e o que é injusto, o bem e o mal, e outras normas de vida que vão direcionar o seu modo de agir e pensar, as suas atitudes e decisões. Em contrapartida ao senso comum, associado ao conhecimento irrefletido, o senso crítico é baseado na crítica, na reflexão, na pesquisa e no pensamento.

2018 foi um ano onde pude vivenciar todos esses tipos de conhecimento. Nossa trajetória enquanto Nação me ensinou que os problemas não necessariamente precisam ser horríveis, tudo depende de como nós os enxergamos. A vida me mostrou que, para crescermos de maneira próspera, temos que abrir mão de coisas constantemente – e isso tende a ser benéfico, por desencadear inúmeras vantagens no dia a dia.

Mas, acima de tudo, o ano de 2018 me ensinou que existem coisas que precisam ser superadas. E, por superadas, quero dizer que precisam sair de nosso “senso comum”, de serem encaradas como práticas naturais da Nação brasileira. Falo, é claro, da corrupção, uma conduta que afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos ao comprometer os investimentos públicos em saúde, educação, infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida – ao mesmo tempo em que fere a Constituição ao agravar ainda mais a exclusão social e a desigualdade econômica. É como disse o grande colunista Stanislaw Ponte Preta: “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”.

Pensando estrategicamente, o ano de 2018 me mostrou que o ladrão que furta para comer não vai e nem leva ao inferno. Os que não só vão, mas levam – ou seja, aqueles de quem trato neste texto, são ladrões de maior calibre e de mais alta esfera. São indivíduos maléficos dignamente merecem este título. São aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manhã, já com força, roubam e despojam os povos.

A corrupção não é uma invenção moderna: os relatos deste vil comportamento nas mais altas esferas de poder datam desde o início do século XIX. Por isso, já passa da hora de elaborarmos um plano de ação e enfrentamento à corrupção. Neste ano, aprendi que estamos diante de nossa última chance: ou a sociedade assume de vez o seu verdadeiro papel, ou estaremos predestinados a continuarmos assistindo à repetição dos episódios históricos vividos pelo nosso glorioso país do futuro!


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