As diferenças entre empresas familiares nos EUA e no Brasil
Posted on 29 de março de 2017
Para especialista, a diferença na gestão de uma empresa familiar do Brasil em relação às companhias do mesmo tipo dos Estados Unidos acontece na base: a cultura empresarial lá é bem mais forte
Você já deve ter ouvido falar que nos Estados Unidos as coisas são diferentes, mais rápidas ou, até mesmo, melhores. Mas será esse o caso na administração das empresas? Qual seria a diferença entre uma empresa familiar no Brasil e uma nos EUA?
Para Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, associada à Fundação Dom Cabral, a diferença na gestão de uma empresa familiar do Brasil e dos Estados Unidos acontece na base: a cultura empresarial, que é bem mais forte lá fora.
“Há vários aspectos a considerar. No EUA há uma maior tradição no mercado de capitais, as empresas de capitais aberto. No Brasil, ainda estamos iniciando este processo”, diz Valério. Ele explica também que as empresas familiares brasileiras estão passando pelo início do processo de governança da segunda geração, que é a que inicia o processo de preparação, enquanto que nos Estados Unidos em média, há mais empresas com processos iniciados – muitas delas, aliás, já na terceira ou quarta geração.
Dentre todas as ações de governança que as empresas norte-americanas mais prezam nas suas gestões, Eduardo destaca que o processo sucessório é o principal objeto da preocupação dos seus controladores.
A sucessão é algo comum nas empresas dos EUA, mas há pouca diferença na preparação dos herdeiros por lá em relação ao que acontece em nosso país. “Tudo acontece de forma muito parecida com as empresas brasileiras que é a preparação de longo prazo para os prováveis sucessores. A diferença é que, nos EUA, há maior resistência para sucessores externos à família do que nas empresas brasileiras” explica Eduardo Valério.
Um outro aspecto importante no processo de sucessão para Eduardo Valério é o acesso aos programas de preparação nos EUA. “Há uma maior disponibilidade pela realidade deles e pela história de sucessão” conclui o especialista.
Fonte: Administradores.com
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